sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O pingüim vai à escola




Em fevereiro de 2006, representantes do Ministério da Educação e Cultura (MEC) e da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) se reuniram para decidir qual o sistema operacional livre utilizar para promover a inclusão digital nas escolas públicas de todo o País. O sistema operacional Muriqui Linux apresentou melhor desempenho e consagrou-se pela qualidade técnica, conteúdo didático para usuários, facilidade de instalação e manuseio, assim como pelos diferenciais competitivos reconhecidos pelo projeto pioneiro de Aulas Multimídia.

Consolidou-se então esta importante parceria, que promove a solidificação de um projeto de apoio do governo federal ao uso do Software Livre e propicia ao MEC a criação do Linux Educacional para compor os projetos do uso sistemático da informática na educação das escolas públicas do País, através de projetos como o Proinfo (Programa Nacional de Informática na Educação) e Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem).
(Site MuriquiLinux.com.br)

Metrô de SP e Linux: parceria de sucesso




O Metrô de São Paulo foi uma das primeiras grandes empresas públicas a adotar Software Livre e é um exemplo genuíno de convivência pacífica e gradual entre soluções proprietárias e livres

O Metrô de São Paulo tem uma longa história de convivência com Software Livre. Mas, também não é de menos. A empresa é uma das pioneiras no serviço público no país em utilizar softwares livres como suíte Office padrão. No caso do Metrô-SP, o StarOffice é utilizado desde novembro de 1999 como solução para suíte de escritório padrão da empresa. O processo de implantação do StarOffice foi gradual em todas as áreas, com o objetivo de não promover grandes choques culturais. “O StarOffice foi instalado sob o sistema operacional Windows e em convivência com o Microsoft Office, em limitado número de cópias”, informa o gerente de Informática e Tecnologia da Informação do Metrô-SP, Gustavo Celso de Queiroz Mazzariol.

A adoção do StarOffice - na época, utilizava-se a versão corrente, 5.1 - deveu-se às dificuldades que a empresa atravessava, como a crise financeira (havia até um Plano de Demissões Voluntárias para redução dos custos operacionais) e a intensificação da política de fiscalização da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES). O custo dos softwares proprietários era alto demais para os padrões da empresa. “Havíamos chegado a resultados totalmente inviáveis na negociação com a Microsoft para aquisição das licenças do MS-Office para todo o nosso parque de microcomputadores”, frisa Mazzariol. E o que aconteceu em seguida, pode ser considerada uma das experiências mais bem sucedidas da convivência de padrões livres com proprietários de que se tem notícia, considerando o elevado número de usuários.

Números? Bem, por enquanto é um pouco difícil fazer estimativas. “Nossa estratégia de implantação do StarOffice é de convivência com as licenças do MS-Office que tínhamos adquirido até então”, diz Mazzariol. Foi essa estratégia que permitiu ao Metrô-SP fazer uma transição mais serena e alongada de softwares proprietários para livres e evitar maiores conflitos com os usuários da empresa. “Considere que, em novembro de 1999, o conhecimento de softwares livres era praticamente nulo e existia uma forte cultura que produtos livres ou grátis não tinham qualidade e que software livre não era algo para se usar em empresas sérias”. Infelizmente, essa visão persiste até hoje em determinados setores, mas as resistências estão cada vez menores, principalmente nas empresas públicas. Mazzariol é otimista neste aspecto. “Hoje, esse contexto mudou bastante, e soluções alternativas são vistas e analisadas com novos enfoques, tanto em empresas privadas como públicas”. Ele lembra que entre os anos de 1999 e 2000, a gerência de Informática do Metrô-SP teve que enfrentar um conservadorismo arraigado e a melhor estratégia foi ir conquistando e convencendo usuário a usuário, setor a setor. E não é que a tática “formiguinha” deu certo? (Reprodução do texto publicado na revista do Metrô de São Paulo - Metromix)

Vantagens de se usar Linux

Veja abaixo, alguns motivos que fazem do Linux, um servidor tão poderoso:
  • Alta performance: a performance do Linux é tão boa quanto (se não for melhor) a de qualquer outro sistema operacional rodando em uma mesma máquina;
  • Segurança: alertas para qualquer possível problema de segurança ou lacunas no programas são distribuídos imediatamente em busca de soluções. Não é preciso esperar meses até que um fabricante/desenvolvedor crie uma solução;
  • Investimento: enquanto o Linux pode até ser baixado gratuitamente pela internet, produtos comerciais, como os pacotes da Conectiva, Debian, SuSE, MandrakeSoft, Red Hat, etc, incluem documentação e suporte através de algumas entidades comerciais estáveis, e são por isso, um excelente investimento se comparado com outros sistemas operacionais, como Windows XP, por exemplo.
Tendo tanta qualidade, o Linux não poderia deixar de fazer o sucesso que faz. As vantagens são inúmeras, tanto que a cada dia, mais empresas e mais usuários comuns, aderem ao Linux. E a tendência é que ele melhore cada vez mais.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Nem só de Hollywood vive o Linux

Pra quem ainda acredita que o Linux é coisa de "nerd" , leia a reportagem abaixo:
Apesar do auê em torno do software livre no governo, é nas companhias privadas que o pingüim faz a diferença nos custos

Por Eduardo Vieira



EXAME Algo curioso ocorre na maior rede varejista de utilidades domésticas do país. A Casas Bahia, que deve faturar em 2005 quase 12 bilhões de reais, é a empresa que mais vende no Brasil computadores equipados com o sistema Windows, d
a Microsoft. Só neste ano foram quase 100 000 PCs, que geraram um faturamento superior a 200 milhões de reais. Nos corredores da empresa, no entanto, a realidade é diferente. Dá para contar nos dedos da mão o número de micros que rodam o sistema da empresa de Bill Gates. Nos 17 500 computadores das 487 lojas da Casas Bahia, quem reina não é o Windows, mas o Linux -- o maior expoente do software livre, os programas de computador que podem ser copiados e modificados sem restrições.

Nos últimos tempos, muito se tem falado sobre o uso do Linux no governo. Na esteira da política de informática do governo federal, o software livre perdeu a fama de ser uma esquisitice de nerds e acadêmicos, mas ganhou outra ainda pior: de ser uma imposição de políticos esquerdistas, afinados com algum tipo de discurso contra o "gênio do mal" da Microsoft. Nada mais distante da realidade. Longe das equivocadas discussões ideológicas, os fatos são claros. Quem usa software livre faz economia, ganha produtividade e segurança. E é nas empresas privadas -- sobretudo nas grandes -- que os resultados começam a aparecer. Na Casas Bahia, a economia com as licenças de uso -- já que o Linux é gratuito -- já superou 6 milhões de dólares. A Telemar, maior operadora de telecomunicações do país, poupa 27% dos gastos com manutenção ao usar software livre nos programas de cobrança. O McDonald's economiza 25% ao ano com licenças ao adotar o Linux no sistema de delivery. A lista é longa e ainda inclui empresas como Carrefour, Pão de Açúcar, Renner e Petróleo Ipiranga. A idéia de um software sem dono, desenvolvido por milhares de voluntários espalhados pelo planeta, sempre foi vista mais como uma promessa do que como uma alternativa viável aos programas tradicionais. Depois de anos vivendo à beira do amadorismo, porém, o sistema que tem um pingüim como símbolo se tornou uma realidade incontestável nas empresas.




A economia do pingüim

Quanto as empresas ganharam com o Linux
6 milhões de dólares foi quanto a Casas Bahia economizou com licenças de software ao colocar o Linux em todos os pontos de venda

27% foi o que a Telemar poupou com manutenção ao usar software livre em seu sistema de cobrança


25% é a economia anual do McDonalds por manter o sistema de delivery em Linux

50% foi quanto a Petróleo Ipiranga reduziu em custos de informática ao instalar software livre nos seus servidores



Linux é o preferido por Hollywood




“Segundo o vivalinux.com.ar, atualmente o Linux concentra 95% dos servidores na capital do cinema, de onde quase todas as grandes produções de animação são criadas com Linux. A razão principal da preferência por Linux está no fator econômico, somado a rapidez e estabilidade do Linux. Mac e Windows são usados de preferência em situações onde se trabalha em menor escala.

O Linux é usado para criar praticamente a totalidade dos grandes sucessos cinematográficos produzidos por Disney/Pixar, DreamWorks, Sony e os demais grandes estúdios. Na grande maioria dos demais esquemas de produção cinematográfica se prefere o software de código aberto. "Linux é melhor, mais rápido e mais barato. Nos grandes estudios cinematográficos, com milhares de servidores e estações de trabalho, a economia e eficiência em massa são fatores-chave".”

Uma prova, foi o fato de filmes como Titanic, Vida de Inseto, Shrek, Senhor dos Anéis terem tido algumas cenas editadas com o Linux, visto que os sistemas Windows e Mac, não obtiveram resultados convincentes.

Tendo tanta qualidade, o Linux não poderia deixar de fazer o sucesso que faz. As vantagens são inúmeras, tanto que a cada dia, mais empresas e mais usuários comuns, aderem ao Linux. E a tendência é que ele melhore cada vez mais.

Software livre e Software gratuito é a mesma coisa?

Você sabe qual a diferença existente entre software livre e software gratuito? Já parou para pensar que existe esta diferença e que é um erro grotesco não notá
Software livre é um conceito de extrema importância no mundo da computação. De forma básica, quando um software é livre, significa que seu código-fonte está disponível para qualquer um e você pode alterá-lo para adequá-lo às suas necessidades, sem ter de pagar. No caso do Linux, ele é um software livre, já que seu código-fonte é aberto para qualquer um que deseje alterá-lo e é distribuído gratuitamente.
O software gratuito (freeware), por si só, é um software que você usa sem precisar pagar. Você não tem acesso ao eu código-fonte, portanto não pode alterá-lo ou simplesmente estudá-lo, somente pode usá-lo, da forma como ele foi disponibilizado. Isso deixa claro a diferença entre software livre e software gratuito.
Esclarecido o equívoco, aproveite para conhecer ainda mais as vantagens do Linux: software livre e gratuito!