quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Nem só de Hollywood vive o Linux

Pra quem ainda acredita que o Linux é coisa de "nerd" , leia a reportagem abaixo:
Apesar do auê em torno do software livre no governo, é nas companhias privadas que o pingüim faz a diferença nos custos

Por Eduardo Vieira



EXAME Algo curioso ocorre na maior rede varejista de utilidades domésticas do país. A Casas Bahia, que deve faturar em 2005 quase 12 bilhões de reais, é a empresa que mais vende no Brasil computadores equipados com o sistema Windows, d
a Microsoft. Só neste ano foram quase 100 000 PCs, que geraram um faturamento superior a 200 milhões de reais. Nos corredores da empresa, no entanto, a realidade é diferente. Dá para contar nos dedos da mão o número de micros que rodam o sistema da empresa de Bill Gates. Nos 17 500 computadores das 487 lojas da Casas Bahia, quem reina não é o Windows, mas o Linux -- o maior expoente do software livre, os programas de computador que podem ser copiados e modificados sem restrições.

Nos últimos tempos, muito se tem falado sobre o uso do Linux no governo. Na esteira da política de informática do governo federal, o software livre perdeu a fama de ser uma esquisitice de nerds e acadêmicos, mas ganhou outra ainda pior: de ser uma imposição de políticos esquerdistas, afinados com algum tipo de discurso contra o "gênio do mal" da Microsoft. Nada mais distante da realidade. Longe das equivocadas discussões ideológicas, os fatos são claros. Quem usa software livre faz economia, ganha produtividade e segurança. E é nas empresas privadas -- sobretudo nas grandes -- que os resultados começam a aparecer. Na Casas Bahia, a economia com as licenças de uso -- já que o Linux é gratuito -- já superou 6 milhões de dólares. A Telemar, maior operadora de telecomunicações do país, poupa 27% dos gastos com manutenção ao usar software livre nos programas de cobrança. O McDonald's economiza 25% ao ano com licenças ao adotar o Linux no sistema de delivery. A lista é longa e ainda inclui empresas como Carrefour, Pão de Açúcar, Renner e Petróleo Ipiranga. A idéia de um software sem dono, desenvolvido por milhares de voluntários espalhados pelo planeta, sempre foi vista mais como uma promessa do que como uma alternativa viável aos programas tradicionais. Depois de anos vivendo à beira do amadorismo, porém, o sistema que tem um pingüim como símbolo se tornou uma realidade incontestável nas empresas.




A economia do pingüim

Quanto as empresas ganharam com o Linux
6 milhões de dólares foi quanto a Casas Bahia economizou com licenças de software ao colocar o Linux em todos os pontos de venda

27% foi o que a Telemar poupou com manutenção ao usar software livre em seu sistema de cobrança


25% é a economia anual do McDonalds por manter o sistema de delivery em Linux

50% foi quanto a Petróleo Ipiranga reduziu em custos de informática ao instalar software livre nos seus servidores



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